Em alguma edição anterior comentei sobre estar sentindo falta de mim mesma. É meio estranho e um tanto curioso ter um sentimento como esse sendo que estou comigo sem interrupção, 24 horas por dia e 7 dias por semana.
Mas todas as ferramentas de autoconhecimento estão aí para mostrar que estar com nós mesmas, se não em um tempo de qualidade e com atenção, não significa nada. Você já pensou nisso?
Em meio ao volume de trabalho e compromissos contados no relógio vou ficando distante da essência, de quem eu sou.
Percebo essa ausência e bate um sentimento de estar perdida - e em diferentes áreas da vida. Sinto essa falta nos momentos em que dou mais espaço do que deveria para as inseguranças que ainda insistem em estar por aqui. Ou ainda quando fico longe de trabalhar a minha criatividade.
Talvez essa impressão de estar perdida também seja um marco da minha geração. Talvez seja a minha vontade de querer abraçar o mundo e desejar tantas coisas que não sei por onde começar. São muitas possibilidades do que está por trás.
Vai se tornando uma sensação incômoda, apertada e que atrapalha enxergar tudo em perspectiva.
Não sei se você já passou por algo assim ou até se está vivendo isso agora como eu. Mas o que eu te digo é que vai passar. Não faço ideia de como nem quando, mas vai porque faz parte das fases que vivemos.
Outro dia vi uma frase que alguém compartilhou que era a seguinte: “O único sinal verdadeiro de que a sua vida está seguindo em frente é você não saber para onde estará indo. Se soubesse, estaria percorrendo o mesmo caminho novamente”. (não sei de onde né. Se você souber, conta pra mim!)
Anotei num post-it e estou agarrada nessa ideia desde então - tem ajudado.
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[arte de @anna.charlie]
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Você já sentiu falta de você mesma?
📖 leitura da vez
Quem me indicou “Um cavalheiro em Moscou” foi o meu namorado e eu não imaginava que seria uma história tão gostosinha de ler. O livro escrito por Amor Towles é leve ao mesmo tempo em que descreve momentos históricos da Rússia, além das diferenças entre a tradição e os novos costumes.
Conhecemos o Conde e seu grupo de amigos (os funcionários e alguns moradores do hotel Metropol), sendo personagens bem desenvolvidas. Achei os diálogos bem escritos e muito envolventes. Vale como uma leitura para descontrair, mas sem perder as características de um romance histórico.
Você já leu? Me conta!
Afinal, o que uma primeira impressão pode nos dizer sobre alguém que acabamos de conhecer por um minuto no saguão de um hotel? Aliás, o que uma primeira impressão pode nos dizer sobre qualquer pessoa? Ora, nada mais do que um acorde pode nos dizer sobre Beethoven ou uma pincelada sobre Botticelli. Por sua própria natureza, os seres humanos são tão caprichosos, tão complexos, tão deliciosamente contraditórios, que merecem não só a nossa consideração, mas a nossa reconsideração, além de nossa firme determinação em refrear nossa opinião até que tenhamos nos envolvido com eles em todos os cenários possíveis, em cada hora possível.
📚 em Um cavalheiro em Moscou, de Amor Towles.
💌 curadoria
se é bom, deve ser compartilhado
uma lista da Vida Simples com livros que ajudam a entender a bagunça da vida adulta
a newsletter da Editora Instante com indicações de filmes que contam a vida de importantes escritores
os comentários sobre a nova rede social, a BeReal, na newsletter da Bits to Brands
um conteúdo sobre ser quem você é no trabalho e fora dele da Mina
também da Mina, um texto sobre a importância da barriga positiva
a newsletter da Babi Bom Angelo sobre os conteúdos sobre livros nas redes sociais
essa notícia sobre uma nova feira do livro que vem aí, feita pela Quatro Cinco Um
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